quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Soneto da Fidelidade

Do poeta Vinnicius de Moraes

De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure."

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