domingo, 23 de dezembro de 2007

Descobridor dos sete mares

Poesia de Amaury Júnior, escrita em 01.04.2005

De repente me deparei no inverno
Estação súbita e perturbadora
Me indaguei sobre a existência humana.

Pela primeira vez, me senti só, inteiramente só.
Queria desafiar tudo e todos
Queria lançar uma ação, para receber uma reação, estava
Preparando para me deparar com o desconhecido.

Lembrei que aquilo que não conheço
Instiga-me a querer descobrir.

Meu pensamento tem força, ele pode se materializar.
Não posso temer aquilo que não conheço.
Na vida temos que encarar o real e o irreal.
Temer por que? Aquilo que não me mata me fortalece.
Como já havia dito, estou só, procurando uma resposta.
Dentro do meu eu, esta procura é incessante.

Talvez eu esteja dormindo, num sono profundo.
É tão difícil acordar, será que quero acordar?
Não sei se quero acordar e descobrir que eu, sou eu mesmo.
Acho que o encanto acabaria. Se é que ele existe.

Do fundo do meu âmago, não sei realmente o que estou fazendo.
Queria andar sem destino, ser o descobridor dos sete mares,
Sem saber o caminho, pensando, perguntando, respondendo.
Quero desvendar o mapa que me levará ao meu verdadeiro – eu.

P.S. Dedico esta poesia a minha nova colega de prosas, palavras e poesias Geralda Xavier.

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